quarta-feira, novembro 01, 2006,11:53 PM
Eu Tubo 3

Apoptygma Berzerk - Unicorn

Ótimo grupo de rock eletrônico. A melhor definição, para mim, seria um Depeche Mode com mais bpm's e um New Order com mais guitarras pesadas.



Mastodon - Colony of Birchmen

Eu tinha quase certeza que o single novo deles seria Crystal Skull, mas acabou sendo a não menos clássica, Colony of Birchmen. Com participação de Josh Homme nos vocais, pena que ele nem aparece no vídeo, mas vale a pena dar uma conferida.



The Killers - Bones

Sinceramente, eu espera mais desse clip. Tim Burton é um dos meus diretores prediletos de todos os tempos, e mesmo tendo uma atmosfera soturna e clima de romance com direito a citações de clássicos como, "A um Passo da Eternidade" e "Jazão e os Argonautas", falta alguma coisa. Achei que ele deveria ter ido mais para a sua linha fantástica de filmes como Edward Mãos de Tesouras e Peixe Grande. Mas enfim, a música é linda, e tem tudo para ser um grande hit.




Marilyn Manson - This is Halloween

Por falar em Tim Burton, a versão do Marilyn Manson para This is Halloween feita para a versão 3D de Nightmare Before Christmas, ficou do caralho!



Jackass - American Werewolf

Eu adoro esse episódio de Jackass, pois além de ser completamente sem noção, tem Hybrid Moments dos Misfits como trilha sonora. :)

 
Escrito por Tiago Trindade
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segunda-feira, outubro 23, 2006,7:54 PM
A Patada do Mastodonte



Ao contrário de artistas com um apelo popular maior, as bandas de metal sempre demoram um pouco mais para alcançar os pícaros do sucesso. São poucas as exceções que conseguiram seduzir o gosto popular logo no primeiro disco, o que pode atéparecer ultrapassado, já que, hoje em dia, bastam algumas músicas no my space para uma banda explodir.

E apesar de toda estrutura virtual e uma indústria especializada em últimas-novidades-para-a-garotada, o metal se mantém resistente. Característica essa que faz o estilo sobreviver intocável a modismos, como se fizesse parte de uma outra dimensão.

Tal resistência se deve ao fato de que antes da fama e da fortuna, muitos passam pelo corredor polonês do underground, conquistam fãs verdadeiramente fiéis e produzem álbuns que se tornam referências obrigatórias. O que, por outro lado, acaba pegando muitos de surpresa quando, de uma hora para outra, uma banda com essas características conquista a cena musical. O exemplo mais recente deste fenômeno chama-se Mastodon.

Representantes da novíssima safra headbanger americana, a sua mais recente bolacha, Blood Mountain, caiu com o peso de toneladas no meio especializado. Mas antes que achem que isso é uma propaganda barata, o esporro jáestava sendo profetizado nos seus dois primeiros discos, Remission e Leviathan. Este último, por exemplo, já é considerado um verdadeiro clássico e foi responsável por catapultar a banda de principal aposta para o palco do Ozzfest e capas de revistas.

Fechando um ciclo conceitual, no qual estes dois últimos álbuns seriam personificados pelos elementos Fogo e Água, o Mastodon chega a maturidade em Blood Mountain que épersonificado pelo elemento Terra. Neste disco, um destemido aventureiro se embrenha pelos tortuosos caminhos de uma montanha amaldiçoada, encontra seres mitológicos, sofre alucinações, passa frio e fome que o leva ao auto-canibalismo.

Antes eles faziam uma analogia ao Capitão Ahab e sua tripulação ao viver a experiência de entrar em turnê numa van minúscula e, assim, encarar o desconhecido. Em Blood Mountain o link com o mundo real parece ser o das privações e desafios que uma banda tem que se submeter para alcançar o ápice do seu processo criativo e o devido reconhecimento.

Nesse último quesito eles fazem por merecer, pois desde os tempos áureos de Sepultura e Helmet que não se escutava um disco de metal tão inventivo. E mesmo seguindo uma sonoridade que honra suas raízes old school, os caras fazem questão de apontar para o futuro e colocam tudo ao avesso, conseguindo a façanha de usar a bagaceira de um Motörhead, a elegância de riffs do Iron Maiden, muitas intervenções jazzísticas e referências ao King Crimson, que sepulta aquela cavalgada de bumbos tão previsível, mas que jamais perde a pegada e a velocidade - mérito da excelente cozinha, a espinha dorsal que sustenta o mastodonte, o baterista, Bränn Dailor.

Alguns fãs podem sentir falta de mais trovões e sangue, mas esse detalhe chega a ser irrelevante, já que agora eles aproveitam para descarregar toda sua fúria, homogeneamente, em suas canções que ganharam construções mais complexas, com direito a duelos de vocais aprimorados entre o baixista Troy Sanders e o guitarrista Bill Kelliher, como uma espécie de Alice in Chains regado a Jack Daniels. Além de uma direção que aponta, cada vez mais, para o experimentalismo art prog.

O exemplo mais direto dessa evolução está em Capillarian Crest que começa com amalucadas mudanças de tempo que beiram o psicodelismo. No entanto, quando você pensa que já não tem mais para onde ir, os caras pisam fundo no acelerador e mostram como podem ser tão versáteis, soando porrada tal qual as bandas trash oitentistas, mas técnico, sem esbarrar na vaidade exagerada.

Lendo essas linhas pode até parecer um pouco estranho, mas eles possuem um poder de fogo tão grande que faria o Manowar mijar nas calças. E, mesmo sendo considerados por todos como uma banda cool, as referências literárias que infestam suas canções respeitam a tradição conceitual do metal, sem jamais lembrar aqueles delírios talkieanos típicos do Blind Guardian.

Apesar dessa base intelectual, o Mastodon está longe de parecer coxinha e injeta boas doses de humor negro a suas composições. Como é possível perceber ao escutar a maravilhosa Colony of Birtchman, que conta com a participação de Josh Homme (QOTSA) e que narra, lisergicamente, como é ser perseguido por gnomos e ogros no interior de uma floresta formada por homens arvores.

Os destaques também vão para Hand of Stone e Crystal Skull que, ao vivo, devem ter o seu poder de fogo duplicado, ideais para serem executadas em grandes festivais. Em Circle Cysquatch, o encontro com uma criatura metade cyclops e metade sasquatch rende um dos temas mais agressivos do disco, pura carnificina, logo seguido pelo experimentalismo demente, porém hardcore de Bladecatcher. E fechando o disco temos Pendoulous Skin, uma faixa instrumental que mostra uma face ainda mais técnica do Mastodon, onde eles namoram o Pink Floyd.

Muitos fãs alienados podem até torcer o nariz para essa nova direção da banda, mas uma coisa eles não podem esquecer: os seus três discos funcionam como um todo, apesar de serem bem diferentes entre si. Para os desencanados que estão cansados de escutar sempre a mesma coisa, que estão de saco cheio dessas picaretagens fashionistas, vendidas como a mais nova revolução, escute esse disco sem pensar duas vezes, aliás compre o disco, e grave para todos os seus amigos.


P.S.: Depois da última música existe uma faixa secreta que contém uma carta de fã, escrita por Josh Homme (ele mesmo):

"Dear Mastodon, my name is Joshua, I'm a big fan from Southern Cal. Really diggin' on your new scene. That's why I hope you don't mind when I got your new demos for your new CD, I had to sing parts on them and send them to you as a tribute. I hope you're not mad about me also uploadingthem onto the Internet. But hell, it seems like you guys are so cool that you might dig something just like that. Sincerely, your fan, Joshua M. Homme. P.S., Keep it real...REAL (studio effects are used)....*laughter*....REAL."


Download:

 
Escrito por Tiago Trindade
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segunda-feira, outubro 02, 2006,2:09 AM
Quanto mais purpurina melhor



Depois de um disco cheio de hits vermes de ouvido, que vendeu milhões de cópias e esteve presente na discoteca virtual de qualquer antenado, o que uma banda hype faria pra consolidar seu nome no disco seguinte? Uma reprise do trabalho anterior? Despediria o vocalista? Montaria uma padaria? Não. Nenhuma dessas possibilidades pode ser encaixada ao Killers depois de escutar Sam’s Town.

Para um segundo disco, os caras poderiam contornar o caminho fácil repaginando seu dance rock em um módulo mais moderno e repetir a fórmula de sucesso. Mas não, Brandon Flowers e Cia foram logo para onde seria o caminho natural de um terceiro disco. Ou seja, desencanaram de tocar em boates e inferninhos para abraçar as arenas do mundo inteiro. Muitas das influências do New Order, que batiam ponto no primeiro disco, foram deixadas para o 5º plano a fim de se concentrarem no verdadeiro esqueleto da banda, aquilo que estava em sua natureza ou na sua forma mais bruta, que é o glam rock dos anos 70.

Ao escutar o disco, logo nas primeiras faixas, você ainda percebe uma demência meio The Cure aqui ou um Bunnymen acolá. Mas quando o bicho pega, a banda mergulha numa sinfonia de referências que vão de Queen a David Bowie, passando pelas espeluncas e estradas da América com Bruce Springsteen na garupa. Tudo conduzido com maestria pelos produtores Flood e Alan Moulder, que também comandaram umas das mais grandiosas obras-primas dos anos 90, o disco Mellon Collie & The Infinite Sadness do Smashing Pumpkins – evidente logo no início da faixa Sam’s Town – disco esse, aliás, que já possuía suas referências no Sgt. Peppers dos Beatles.

Se no início o Killers não passava de uma banda meia-boca, com alguns hits e nada mais, aqui eles surpreendem e mostram que estão muito acima de bandas que dividiam o mesmo estilo. Se a moda é ser tosco, tocar músicas com guitarras desafinadas, batida dance e refrão previsível, aqui eles vão de encontro a esta natureza e mostram uma versatilidade pouco vista em seus conterrâneos. Basta escutar “This River is Wild” e notar que o vocalista Brandon Flowers deixou de lado os refrões fáceis para uma performance vocal que desafia o seu próprio talento e força a banda seguir o mesmo ritmo. Para quem esperava uma versão melhorada do primeiro disco, pode se decepcionar a primeira vista, mas curtir depois. Quem não gostava da banda, poderá até se surpreender bastante ao escutar o disco.

Com essa guinada inesperada, o Killers desafia não somente seus fãs a irem muito além do simples bate-estaca que forjou a sua fama, mas também deixa muitos preocupados com o seu direcionamento. Como aconteceu com o vocalista do Pet Shop Boys que, nem tinha escutado o disco, mas já pensava que os rapazes haviam perdido o seu apelo pop devido ao visual mais sério. Grande equivoco, pois o apelo pop ainda está presente, só que em novo contexto, mostrando uma face que remete mais ao rock clássico do que a extravagância de um Duran Duran. Para quem gosta de rock de qualidade sem encanar com rótulos, pode mergulhar nesse disco desestressado que a viagem será das melhores.


Para baixar:

 
Escrito por Tiago Trindade
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quinta-feira, agosto 24, 2006,12:05 PM
Eu Tubo 2

Enquanto o novo post não sai do forno, eu coloco aqui alguma das ultimas pérolas que encontrei no You Tube. Alias isso e bem melhor do que ficar colando noticias no control c e control v.

Cururu - Deputado Federal

Esse é um dos vts mais hilários que já vi de campanha eleitoral.




Garoto canta Black Metal no Ídolos-Áustria


Se você achou que aquele metaleiro cantando no SBT era tosco, se prepara para ver esse.



Behind the scenes do novo clip do Trivium

Se o Metallica não lança nada legal há mais de uma década, os garotos da Florida revisitam os bons tempos do Ride The Lightning em seu novo single na cara dura, mas ficou do caralho.



The Feitos - Ainda é cedo

Uma versão nada normal para o clássico da Legião Urbana, com uma roupagem da canção homônima que fez a fama do Black Sabbath.



Echo & the Bunnymen - The Cutter

Como nem tudo na vida é metal, vai ai um vídeo do Echo and the Bunnymen, The Cutter do ótimo disco Porcupine. :)

 
Escrito por Tiago Trindade
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sábado, agosto 05, 2006,7:33 PM
Especial Cliff Burton

Sem dúvida um dos baixistas mais míticos do heavy metal, Cliff Burton foi responsável em "polir" o som do Metallica. Era visionário e também o único integrante com formação clássica, ajudou o Metallica a se anteceder em relação aos seus "concorrentes" que faziam um som direto e pesado, porém tosco. Depois de sua morte prematura, os fãs do grupo ficaram divididos entre os "puristas", que preferem essa fase inicial, e os outros que preferem toda fase áurea do grupo até o disco preto. Eu catei alguns vídeos no "You Tube" com o Metallica, ao vivo, ainda com o Cliff em sua formação. Fica claro perceber porque o cara, até hoje, é tão idolatrado:

For Whom The Bell Tolls



Cliff Solando



Master of Puppets



Fade to Black

 
Escrito por Tiago Trindade
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quinta-feira, agosto 03, 2006,5:37 PM
New Wave of American Heavy Metal



O metal é pior do que assassino serial de filme B. Ele apanha, é apunhalado pelas costas, é dado como morto, e quando você menos espera, lá esta ele, novo e revigorado, caminhando como se nada tivesse acontecido. Casos como este são bastante comuns na cultura pop, mas o metal acaba surpreendendo a todos. Talvez por ser subestimado por críticos que se consideram sérios demais para ligarem o som bem alto e bater a cabeça.

Depois de uma epidemia chamada New Metal - uma praga que destruiu boa parte da estima do metal mainstream e influenciou, inclusive, os veteranos que passaram a apelar para esse novo formato como porto seguro, diante do esgotamento de antigas fórmulas - o metal, subgenero que sobrevive há 40 anos, ressurge de seu recolhimento no underground com força recarregada.

Com sede de vingança, muitas bandas de metal estão voltando rejuvenescidas ao showbusiness. E não falo de bandas como Wolfmother ou Darkness, que apenas emulam o estilo, fazem um puta sucesso e desaparecem no segundo disco. Falo de bandas de metal mesmo, que já conseguiram ter uma carreira consolidada e com fãs doentes, dentre os quais estão veteranos como o Metallica que, para não parecer datado demais, apadrinha a nova geração do metal.

Neste cenário, posso destacar duas bandas que me chamaram muito a atenção: os americanos do Trivium e do Lamb of God. Eles nasceram no seio de um retorno aos valores que o metal havia sufocado durante experimentações hip-hop fuleiras e músicos medíocres.

As duas fazem um metal extremo com pedigree de nomes como Metallica e Pantera, mas com características bem peculiares. O Trivium consegue aliar um lado bastante melódico com fúria e técnica enquanto o Lamb of God fará a festa das viúvas do Pantera com um thrash metal bastante cru e seco, sem enchimento de lingüiça. E o melhor de tudo, que tais artistas são jovens, e estão no auge de seu gás e aproveitando todo esse fogo para moldar sua avalanche sonora, se tornando respeitados tanto pela velha guarda quanto por garotos que resolveram aposentar sua coleção do Slipknot.

Esta nova onda do metal americano lembra, em suas determinadas proporções, o que aconteceu na Inglaterra no inicio dos anos 80, com bandas como Iron Maiden e Saxon, que reposicionaram o estilo no porta discos da molecada depois da ressaca punk rock. Mas desta vez o “vilão” foi o próprio metal, que tinha como representantes na grande mídia, artistas como Korn e Limp Bizkit que, de tão inexpressivos, nem pareciam bandas de metal.

Coisas que o grande público detestava como solos de guitarras, camisetas pretas e spikes parecem não causar mais estranhezas. Grupos como Mastodon e Shadows Fall tem ingressos esgotados por onde passam, e o último disco do Trivium, o ótimo Ascendancy, vendeu mais de 80.000 cópias na primeira semana de lançamento na Inglaterra, e ainda faturaram o prêmio de disco do ano por diversas publicações. E aproveitando todo esse gás, o Trivium está com um disco novinho saindo do forno, batizado de “The Crusade”, cujo single “Detonation” já pode ser conferido na rede.

O jogo está armado. Se estas bandas conseguirem a mesma popularidade de nomes como Metallica, Pantera e Sepultura tiveram nos anos 90, será um ponto chave no meio desta década. Mas se elas não conseguirem tal coisa, pelos menos ajudaram a colocar o Metal como uma nova referência a uma geração que nunca escutou os 6 primeiros discos do Black Sabbath... e isso já é uma vitoria e tanto.

Na Web:

Novo single do Trivium: Detonation

Escute as duas novissimas pedradas do Lamb of God: Redneck e Walk with me in hell. Do disco Sacrament a sair no dia 22 de Agosto.

Mastodon: Crystal Skull, do novo disco Blood Mountain.

 
Escrito por Tiago Trindade
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quarta-feira, julho 26, 2006,11:01 AM
Eu Tubo

Coisas estranhas do mundo pop contemporâneo

Lordi



Eles são a versão atualizada do famigerado Gwar (aquela banda que se vestia de monstro), e fazem músicas de gosto duvidoso com um tempero horror metal e hard rock de arena bem na veia do Kiss. Mas seus vídeos são muito legais e viraram sensação na Europa, para fã de trash nenhum botar defeito.

Devo 2.0




Essa eu conheci na comunidade da Bizz e são uma versão mirim do Devo, criado pela Disney. E o mais irônico é que o próprio Devo assina embaixo do projeto, que é destinado a crianças de 8 a 12 anos. Mas a coisa realmente funciona e os moleques até tocam direitinho. Mesmo que seja oportunista é muito melhor a criançada escutar Devo do que Rebelde, não?

New York Dolls




Hoje, estão longe de fazer parte de um Freak Show, mas os pais do glam rock estão de volta com disco novo e um vídeo que é pura simpatia.

Trivium




O Trivium vem sendo apontado como a renovação do metal americano, mas como é impossível agradar a todos, fizeram esse vídeo zoando as letras da banda. Ficou bastente engraçado! :)



White Stripes



Novo Jingle que os White Stripes fez pra Coca Cola. Ficou, simplesmente, do caralho! Musiquinha simples e grudenta, com um vt que tem uma estética idêntica aos maravilhosos clipes da banda. Sensacional!

 
Escrito por Tiago Trindade
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sexta-feira, julho 21, 2006,3:23 AM
Quando o Emo era Hype Pt - 1




Muito antes de garotos com delineadores nos olhos chorarem sobre as dores da vida com a sensibilidade de um Felipe Dylon, o termo "emo" teve um significado bem diferente. Nos anos 80, com o punk rock em frangalhos, o hardcore foi uma opção do movimento continuar tendo uma postura controversa, mas de uma forma bem mais violenta. "Se o movimento punk acabou se tornando uma autocaricatura, porque não contra-atacá-lo? ", esse foi o principal mote para Jello Biafra formar os Dead Kennedys.

Se por um lado, grupos como Black Flag e Misfits abraçaram esta causa, outros preferiram contra-atacar o punk de uma forma mais artística, dando mais espaço para o experimentalismo, temas do cotidiano e da vida pessoal, extrapolando os 3 acordes da cartilha punk rock.

E foi seguindo esta cartilha que Bob Mould formou o Hüsker Dü, que com seu disco conceitual, Zen Arcade partiu o underground americano no meio e abriu espaço para muitas bandas, como Embrace e Fugazi, se arriscarem neste terreno que logo seria chamado de post-hardcore.

A desconstrução promovida por estes artistas foi tanta, que dividiu os ativistas da cena hc na época, tanto pelo comportamento mais pacífico do público desta nova tendência em shows quanto à sonoridade, que só era hardcore no nome mas cuja sonoridade era bastante próxima as guitarbands americanas.

Este estilo passou anos sobrevivendo no underground como um subterfúgio para artistas escreverem músicas confessionais, nem sempre sobre dor de cotovelo - e a única forma autêntica e confortável. A popularidade não era vista com bons olhos devido a grande exposição de suas crônicas aos ouvidos alheios.

Mas esta visão mudou com a virada da década de 90, com artistas como Nirvana e Pearl Jam mudando a estética da indústria fonografia, músicas confessionais se tornaram a lei e o fantasma da superexposição ficou bem ameno. E, dentro deste cenário, um filhote do movimento grunge de Seattle se tornou a primeira banda de emo a ter um hit na Mtv. Liderado por Jeremy Enig, o Sunny Day Real Estate foi um verdadeiro hype na época, mas logo implodiu graças ao temperamento difícil de seu vocalista. Os remanecentes se juntaram a Dave Gorhl no recém formado Foo Fighters.

Mas a semente foi plantada e logo surgiram milhões de clones do Sunny Day, como o Mineral e o Texas is the Reason, que pavimentaram o caminho do emo no mainstream, e a reação contrária a isso foi a fragmentação em estilos completamente distintos e cuja variação mais famosa foi promovida pela galera do poppy punk que marcou profundos estigmas ao estilo.

Como a postura de músicos hardcore mudou bastante desde a época do Hüsker Dü e Dead Kennedys, experimentos artísticos e postura política violenta ficaram para o segundo plano, dando preferência a crônicas adolescentes inspiradas em grupos como Weezer e Dashboard Confessional. Apoiado por um lado pop descartável, acabou originando uma nova geração de bandas intituladas de emocore, porém, uma outra facção de bandas deu continuidade ao seu princípio original, como os texanos do At The Drive in.

Atualmente, o emo tem criado muitas controvérsias graças ao grande sucesso de bandas como My Chemical Romance e Dashboard Confessional. Muitos artistas do cenário independente começaram a ser relacionados, às vezes, sem possuir muita semelhança com o estilo, como foi o caso do Bright Eyes e do já citado At The Drive in. Mas isso não passa de capricho dos grandes selos para venderem mais.

Pois hoje, como todos sabem, a fórmula do emocore caiu, perfeitamente, como luva numa época onde a música se tornou mais um apetrecho visual do que artístico. Talvez um dos principais efeitos colaterais da democracia on-line, que colocou um oceano de referências a um público que ainda não aprendeu a lidar com o excesso de informações. E isto acabou abraçando todo o contexto de uma época que vitimou a cultura pop com fãs que lidam com a música como se fosse um fast food, trocando de artista favorito como se fosse uma camiseta da moda ou um absorvente.

 
Escrito por Tiago Trindade
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quinta-feira, julho 13, 2006,1:15 PM
Especial Syd Barrett

Nada mais apropriado pro Dia Internacional do Rock!

Enter the spaceship and enjoy the trip ;)

Primeira Viagem de LSD



Video Promo de Lucifer Sam



The Look Of The Week - Astronomy Domine (live) and interview



Syd em meado dos anos 90 indo a uma padaria




BONUS

R.E.M tocando Dark Globe

Muito bonita essa versão que eles fizeram, bem melhor que a do Placebo.

David Bowie tocando See Emily Play
Outra versão muito legal. Já é, relativamente, conhecida, mas tinha que marcar presença. ;)

 
Escrito por Tiago Trindade
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sábado, julho 08, 2006,8:03 PM
Sim, eles copiam, mas fazem direito.



Se você não ficou conformado com o final do Suede, acha Morrisey um semideus e achou o último disco do Placebo fraquinho, temos um bom aperitivo para você: a mais recente novidade das bandas xerox´n roll - Voxtrot, um grupo americano de Austin (Texas), terrinha do também competente I Love You But I've Chosen Darkness.

Eles fazem aquela linha interminável de bandas que pegam o alternativo dos anos 80 e reformulam para um formato mais atual. A referência nítida dos caras é The Smiths, mas antes de começarem a jogar pedras, eles mostram uma vitalidade de um T-Rex que faria The Killers parecer o Manowar.

Tudo é espontâneo sem forçar a barra. Aliás, eles são tão espontâneos que nem chegaram a virar hype, apesar de Rise Up in The Dirt ter se tornado hit em rádios como woxy.com. Eles lançaram dois e.p's como se fossem duas partes de um mesmo álbum e são bem equilibrados. Suas músicas possuem todas as características de um bom grupo de rock andrógeno: groove de rachar pistas, guitarras legais apoiadas por uma postura "eu visto terno, gravata, mas eu como dobradinha", e o melhor de tudo, o vocalista não tem aquela voz anasalada insuportável proveniente do estilo.

Os Ep's Raised By Wolfs e Mothers, Sisters, Daughters & Wives são dois pequenos antiácidos para uma cena que está aparentemente se desgastando, pode não ser nem uma novidade a ouvidos mais treinados, mas uma coisa é certa, os caras são bons e, se forem sensatos, ainda vão conseguir sobreviver a todo essa onda de re-reciclagem, pois referencias boas eles têm. Um exemplo disso é Wrecking Force, uma pequena pérola pop que fará a alegria tanto do pessoal de 30 anos quanto de um moleque que nunca escutou David Bowie.

http://www.myspace.com/voxtrot

Download dos Ep's:

 
Escrito por Tiago Trindade
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,5:52 PM
Banda Calypso Tocando Aces High do Iron Maiden



É impressão minha ou os shows do Iron Maiden e do Calypso são quase iguais? ehehehe

 
Escrito por Tiago Trindade
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sexta-feira, julho 07, 2006,9:34 PM
A biba solta o verbo



"Eu não sinto nem uma afinidade real com a cena indie. Apesar da música flertar mais com o dinheiro, acho que é o único território em que se tem algum espaço para experimentar e ser um pouco dissidente. Mas se for somente um ideal a ser buscado e celebrado, não me interesso nem um pouco. Porque acho que ele está cheio de gente da classe média, esnobes às avessas, que usam como subterfúgio o fato de seus pais terem muito dinheiro, então podem formar uma reles banda indie. Acho que existem muitas fraudes na cena indie. Boa música sempre foi feita por gente que teve que viver disso. Eu não venho de uma família rica. Eu quero vender discos. Não qualquer disco - ou eu estaria no Take That - mas ótimos discos. Até na Motown eles entravam perguntando o que seria sucesso...".

Brett Anderson, (ex-Suede) soltando o verbo um pouco antes de lançar Dog Man Star, numa entrevista a Tony Parsons que, na época, ainda escrevia pra N.M.E.

 
Escrito por Tiago Trindade
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,7:22 PM
Matthew's Celebrity Pixies Tribute



É engraçado como nesse mundo existem pessoas que não têm o que fazer e conseguem fazer coisas simplesmente geniais. Depois do Beatallica e dos Beastles, outro gigante do rock ganhou uma homenagem bizarra e divertida. A vítima, desta vez, foram os Pixies, agraciados com um "Celebrity Tribute" feito por um carinha chamado Mattew. Ele conseguiu emular um tributo dos Pixies produzido por gente do quilate de Frank Sinatra, Beach Boys e Tina Tuner!

Não sei exatamente como ele conseguiu, mas a coisa funciona perfeitamente e muitas releituras são realmente geniais. Como a versão de Wave of Mutilation que foi transformada em hit de radio flashback pelos "Bee Gees", ou a sensacional versão de Levitate Me promovida pelos "Beach Boys". Fechando os olhos você quase acredita que o Brian Wilson está cantando! Outra versão que ficou sensacional foi a homenagem promovida pelo rei "Elvis" para Nº13, além da versão de Vamos que ficou interessante na visão de "Jimmy Hendrix"!

Se você cresceu escutando Pixies, aproveite, baixe as músicas antes que o Mr.Frank Black tente tirá-lo do ar. : )
(clicla na foto do sujeito pra ir em sua hp e baixar as mp3)

 
Escrito por Tiago Trindade
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quarta-feira, abril 12, 2006,1:39 PM
É Sempre Bom Continuar Mantendo o Respeito...



Há 20 anos, quando o Master Of Puppets foi lançado, pegou todos os headbangers e a indústria especializada de assalto. Acostumados com discos de produção mediana ou com canções que invocavam dragões e elfos para batalhas fantasiosas, o Metallica era tido como um bicho estranho. Com uma postura violenta aliada a uma consciência social, seus dois primeiros discos foram acolhidos muito bem pela crítica especializada, mas ainda não tinham saído do gueto underground para os ouvidos do mundo inteiro.

Porém, foi apenas com Master Of Puppets que a coisa começou a ficar realmente séria, nenhuma banda da cena thrash metal tinha conseguido compor um pertado de som tão nítido e extremamente pesado, erguido com muralhas de guitarras que tiraram o sono de muitos guitarheroes no mundo inteiro.

Mas a brutalidade não estava sendo gratuita, dava pra notar um certo amadurecimento técnico nos arranjos e nas letras das músicas que narravam o pesadelo de jovens sendo mandados a uma guerra que não dizia respeito a eles, mas aos suspeitos interesses de seu país. E logo se tornou um clássico instantâneo, a reformulação que o metal estava pedindo desde que o Black Sabbath bateu as botas.

Para os fãs mais tradicionais este disco tem uma áurea única, por ter sido o último registro de estúdio do baixista Cliff Burton, um dos ícones mais míticos da história do metal, sendo considerado, por muitos, o deus do contra baixo, que morreu após um acidente com o tourbus e para muitos o final da era pura do Metallica.

Uma Homenagem "Duvidosa" ?



Juntando a este histórico, nada seria mais oportuno para a Kerrang!, lançar um disco tributo celebrando o aniversário de 20 anos do Master Of Puppets, apresentando esta obra-prima a um público novato que desconhece as raízes de seus artistas mais queridos. Resgatando um pouco do respeito que o Metallica perdeu e mostrando que alguns de seus maiores clássicos, continuam mais atuais do que nunca.

Mas qualquer boa intenção pode ser desmistificada, principalmente, se for considerar a primeira impressão que vem a mente, pois dificilmente um tributo consegue fugir do estigma de caça-níqueis barato. Ainda mais em relação a uma banda com o número de escândalos que o Metallica tem feito nos últimos anos, que chorava cada centavo perdido nos serviços de download gratuito e oficializando tributos bem dispensáveis, como uma releitura hip hop do Black Album. É natural ficar com os dois pés atrás, ainda mais sobre um tributo organizado por uma revista tão picareta quanto a Kerrang!.

Todas as suspeitas poderiam ser bem justificáveis, se não fosse por um detalhe bem honesto que só pode ser constatado depois da primeira audição, eles conseguiram manter o respeito com a obra-prima do metal oitentista. As releituras pouco fogem dos arranjos originais, e claro, ganham um certo peso devido às novas tecnologias de engenharia de estúdio, mas sem destruir aquela pegada que só o Metallica tem.

A banda que mais chega perto disso é o veterano Machine Head com uma versão pesadíssima da já pesada, Battery. Os outros artistas também não fazem feio, e conseguem reproduzir todos os detalhes do disco numa certa precisão, com uma ou outra liberdade artística proveniente da identidade de cada banda.

Como é o caso do Mastodon, que fez uma boa releitura da instrumental Orion, outros podem até surpreender como o Funeral for a Friend que foge totalmente do emocore para mostrar o seu rabo pontudo do metal em Garage Inc ou ao Chimaira que tocou direitinho a fenomenal Disposable Heroes. O único senão fica para o Bullet for my Valentine que deixou Sanitarium meio melosa, mas é só escutar a versão do Mendeed para The Thing That Should Not Be e os detalhes negativos ficam em segundo plano.

No final das contas, temos uma homenagem bem equilibrada e mais digna do que a promovida pelo Mtv Icon, por exemplo, que tinha artistas descartáveis fazendo versões realmente muito ruins para os clássicos de uma banda que já foi um motivo de orgulho para os seus fãs.

V.A. - Kerrang Presents Remastered - Metallicas Master Of Puppets Revisited (2006)
Nota: 8,0
Download de Torrent

 
Escrito por Tiago Trindade
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quarta-feira, abril 05, 2006,12:20 PM
O verdadeiro filho de Frankstein



Depois que o punk fez o favor de resgatar todo o sentido de fazer rock'n'roll, como algo simples e despojado, o rock progressivo foi taxado de praga. Foi base para muitos artistas chatos dentro do mundo pop, que continuaram botando em prática as ambições clássicas do Yes. Mas tudo que poderia ser ruim acaba deixando sempre uma herança que pode ser aproveitada de uma forma benéfica.

Após 20 anos do rock progressivo ter dado seu último suspiro, grupos obscuros resolveram casar o princípio emocional e minimalista do punk rock com a viagem alucinógena que Sid Barret fez fama no Pink Floyd, juntando as sonoridades mais contemporâneas, criando um clima claustofóbico e muito peculiar. Dentro desse quitute da nega doida, o Mogwai foi sempre um grupo de referência para todos que quiseram se perigar no terreno do post rock, alcunha que foi dada pelo critico inglês Simon Reynolds no meio dos anos 90, a grupos que desconstruiam o rock alternativo.

Trancados num quarto escutando Slint, My Bloody Valentine, Joy Division e claro Pink Floyd, o Mogwai passou boa parte da década de 90 num mundo paralelo. E ao sair da bolha, foi um dos grupos que antecedeu a atitude esquizofrenica que bandas como Radiohead adotariam como repúdio ao som comercial e redondo no final de século.

Conhecidos pelas suas músicas instrumentais que se arrastam por mais de 10 minutos, com direito a doses massivas e gratuitas de distorções que faria o mais bravo headbanger corar de vergonha, o Mogwai é protagonista de shows que vão do psicodelismo seco e delicado, a uma avalanche sonora violentíssima. Quem já foi aos shows deles sabe do que estou falando, é muito comum você ouvir depoimentos de pessoas que passaram quase mais de uma semana sem conseguir escutar direito.

Mesmo embebidas por oceanos de distorções, todas as suas composições possuem um desenvolvimento hiptonizante que leva o ouvinte a uma experiência quase espiritual, que logo depois cessa sem maiores alardes, como se nada tivesse acontecido. E quando você pensa que ficaria por isso mesmo, lá vem outra avalanche de efeitos e distorções que dão uma cartaze quase narcótica ao ouvinte que, felizmente, agora se tornou uma presa inofensiva. E para agrado dos fãs mais radicais, eles mudaram em poucas coisas desde o primeiro álbum, mas não quer dizer que são acomodados. Em discos como Rock Action e Come Die Young, eles deixam as distorções puras e simples um pouco de lado, para uma direção musical quase cinematográfica.

Recentemente, lançaram um ótimo disco chamado, Mr. Beast, onde conseguiram aliar a brutalidade do começo de carreira, com o experimentalismo dos últimos discos. Vocais com pedais de efeito criam uma simbiose perfeita com uma parede de guitarras tão consistente que deixaria Phil Spector muito orgulhoso. Fazendo justamente músicas de noção estranha, como se um grupo de rock fizesse uma trilha para um filme de Stanley Kubrick. Mesmo depois de muitos anos, o Mogwai continua preso em uma bolha atemporal, que os fazem ser imunes a qualquer tipo de moda ou hype exagerado da imprensa especializada.

O Novo Desbunde...

Enquanto muitos perdem salivas falando de um possível revival dos anos 90 ou de uma evolução da ponte rock'n'roll pista de dança, uma das maiores ironias da historia do rock está prestes a acontecer. Depois que Artic Monkeys e cia serem lembrados como grupos de rock enlatado, uma das válvulas de escape mais previsíveis será a ressurreição do rock progressivo. Não pela forma clássica que fez fama de grupos como King Crimson, mas uma nova variação sem rótulo ainda. Muitos novos grupos, influenciados ou não pela loucura do Mogwai, Sigur Ros e Tortoise, estão resgatando o princípio de fazer rock com um acabamento artístico mais sólido. O negocio é tão sério que classificá-los como post-rock, como a maioria dos críticos costuma enquadrar, é um grande equívoco.

Desse meio os nomes mais expressivos são:



Mars Volta, que literalmente resgata o experimentalismo progressivo da década de 70 com músicas de meia hora, mas sem jamais perder o punch. O seu experimentalismo desenfreado chega a lembrar um pouco o saudoso Mr.Bungle. Free jazz, hard rock, música latina, punk rock de raiz e, principalmente, rock progressivo fazem parte dessa salada bizarra. Eles chegaram a se apresentar no Tim Festival 2004, fizeram uma apresentação bombástica, sendo que no final do show a platéia abriu o coro: "Fuck Libertines!" que fez um show vergonhoso.



Os dinamarqueses do Mew em seu último disco, "And The Glass Handed Kites...", compôs um álbum conceitual, quase uma ópera rock emulando as distorções e a delicadeza de um My Bloody Valentine com a viagem lisérgica do Gênesis da fase Peter Gabriel. A coisa é tão descarada que a arte do disco é uma espécie de homenagem ao clássico lisérgico Forever Changes do Love. Eles foram apontados como queridinhos de muitos críticos por causa do seu debut internacional, Frengers. Mas agora deixaram o lado pop um pouco de lado para apostarem em outros experimentos sonoros.



Outro exemplo desta nova estética são os canadenses do Black Mountain, que com seu stoner rock movido a LSD lembra em muitos momentos grupos como o Pink Floyd no início de carreira e grupos psicodélicos como Jefferson Airplane. Seu debut auto-intitulado Black Montain está na lista das grandes revelações de 2006 e não vai demorar muito para o grupo meter os dois pés na jaca e se juntar de vez a badtrip.



Os americanos do Tool não fazem parte desta nova geração e são velhos conhecidos dos apreciadores de rock pesado, mas como poucos sabem dosar suas influências de Black Sabbath, Nine Inch Nails e King Crimson, citei eles aqui porque estão preste a lançar o sucessor de "Lateralus", um dos discos mais legais e inclassificáveis que o metal moderno já produziu e foi batizado de "10,000 Days". Se essa moda neoprogressiva/psicodélica realmente pegar o Tool será inevitavelmente lembrado.

Para quem tem uma noção razoável, não irá se espantar, pois este é um processo que está tomando corpo de uma forma lenta mas substancial, que começou ainda nos anos 90 com grupos como Radiohead e Sigur Ros, estes que estão cada vez mais estranhos e experimentais, e muitos outros grupos novos estão aderindo a esta fórmula. Portanto, mesmo que não se torne algo muito popular, esta nova estética será uma constante nos próximos anos.

 
Escrito por Tiago Trindade
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quarta-feira, fevereiro 15, 2006,8:37 AM
Fratura Exposta



Musiquinha nova do Yeah Yeah Yeahs, do aguardadíssimo segundo album "Show Your Bones". Conheço YYY´s desde a época do primeirinho Ep, que tinha a pérola "Art Star" uma das melhores sátiras sobre pessoas “mudernas” com um dos melhores berros primais desses tempos e, desde então, tenho uma grande simpatia por Karen O. e Cia. "Fever to Tell" também foi um disco que acolhi muito bem, "Date With the Night" e "Maps" não saiam do meu Winamp.

Na primeira audição, Gold Lion não me causou o mesmo impacto de seus antecedentes, mas dou o meu crédito, por eles terem mudado um pouco o direcionamento musical. Está menos barulhento e gratuito, aliás, nessa música nem tem distorção, o que me deixa bastante curioso a respeito da bolachinha. Até já deixei "Show Your Bones" na minha wishlist do Soulseek caso o disco vaze antes do lançamento. Coisa boa deve vir por ai!

 
Escrito por Tiago Trindade
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domingo, fevereiro 05, 2006,3:09 PM
Muito Além Do ABBA



Da ótima cena nórdica, o Sahara Hotnights é uma das bandas mais legais que já ouvi. Elas têm a herança de algumas bandas de destaque da cena como Hellacopters e Hives, mas a grande diferença está no forte apelo pop das meninas. As melodias açucaradas apoiadas de um apelo sarcástico, convive perfeitamente com bons riffs de guitarras e uma pegada punk das melhores. É como se você pudesse imaginar o que seria se o Blondie, entrasse numa jam session com Undertones, Ramones e Joan Jett.

As meninas tiveram uma repercução tão boa fora do velho continente que logo depois de ter saído seu debut internacional, C´mon Lets Pretendforam, foram convidadas para ser banda de abertura do Foo Fighters, tendo inclusive apadrinhamento de Dave Grohl. Além do single Alright Alright (Here's My Fist Where's The Fight) ter entrado para a trilha sonora da série sem noção Jack Ass, onde também deram muita exposição para bandas nórdicas como Turbonegro que foi chamada para tocar no programa e HIM.

Recentemente, elas lançaram um disco chamado, Kiss and Tellonde, elas botam em maior evidência, suas influências de Blondie e new wave, mas sem perder a pegada punk, fazendo delas mais vigorosas que a maioria das bandas que resolveram modernizar os anos 80. A faixa de abertura Who Do You Dance For tem um grande apelo para as pistas de dança, com um riff de guitarra fazendo uma marcação acompanhada por sintetizadores. Mas depois a coisa muda de figura. Com Hot Night Crashque, este poderia, facilmente, ser um hit do Undertones. No final das contas, temos um disco bastante equilibrado e de grande apelo radiofônico, um bom exemplo de que a Suécia vai muito mais além do ABBA.

 
Escrito por Tiago Trindade
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sexta-feira, fevereiro 03, 2006,5:56 PM
Pense Rapido...

Aliás, nem pense, porque pode dar dor de cabeça...
Click aqui e escute a nova empreitada de Jack White. :)

 
Escrito por Tiago Trindade
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,5:47 PM
Depois de um longo inverno...


Strokes - First Impressions of Earth
Nota: 8,5

Dentro do folclore da cultura pop atual, os Strokes foram os debutantes da era digital. Foram os primeiros a abraçar todo o poder do Mp3 para autopromoção, numa época em que muitos artistas consagrados, simplesmente, tinham medo da tecnologia. Conseguiram ser a banda da hora sem mesmo sequer ter um disco completo. Com aquele som abafado, executado de uma forma crua e suja, porém com todo aquele carisma despojado, eles ganharam o mundo.

A última coisa que estava na cabeça deles era a palavra "revolução", mas foram os pontapés necessários para que os valores do rock fossem resgatados, que, numa hora dessas, estavam sufocados pela grande mídia. E abriram a caixa de pandora do underground nova-iorquino, de onde saíram inúmeros como Interpol, Yeah Yeah Yeahs e, mais recentemente, o ótimo Lcd Soundsystem. Assim, uma grande mudança estética e sonora acabou sendo abraçada pelos grandes meios que, sempre necessitavam se antecipar perante outros, ficaram desesperados na caçada a um novo Strokes. Muitos se aproveitaram e misturaram ao bolo, o retorno do hedonismo oitentista e a fúria de um Iggy Pop tocando violino. Toneladas de artistas saíram de garagens ou de laboratórios das gravadoras para ganhar destaque numa N.M.E, numa velocidade tão forçada que hoje acaba fazendo com que o produto se torne descartável.

Agora todos os predicados que faziam deles únicos se tornou carne de vaca, como os Strokes voltariam a chamar a atenção novamente? Do mais do mesmo em que eles tanto apostaram, surgiram artistas tão bons ou até mais maduros. Com certeza, a brincadeira de misturar Can e Velvet Underground não iria mais surpreender aquele moleque que agora consome grupos que transformaram o ar despojado num orgasmo de elementos e cores, por mais que esses mesmos não passem do segundo disco. Os grandes veículos sempre vão se antecipar e empurrar outra novidade como grande sensação, e por mais vagabunda que ela possa parecer, todos vão bater palmas.

Dentro desta selva, os Strokes botaram o desleixo um pouco de lado, para apostar numa experiência sonora si-fi. Fazendo sua própria visão de Ziggy Stardust com um acabamento visual do tradicional selo Factory, casa de inúmeros artistas de cabeceira de Julian Casablancas e Cia. Tudo é ampliado por diversos prismas que invocam solos de guitarras espaciais, baixos rockabilly e uma demência que acaba caindo no nonsense pós-moderno. Agora tudo aquilo que eles rabiscaram no passado, e que muitos dos grupos que bombam em ipods antenados não conseguiram passar no papel carbono, estão em matéria bruta, esculpida em mármore quente. As primeiras impressões de quando os meninos caíram no mundo do show bussines foram pro saco.

Os Strokes finalmente encontraram o equilíbrio perfeito de sua alquimia, num rito de passagem da puberdade como banda de garagem para um grupo veterano e, como poucos, pode se gabar de ter hits tão potentes ao vivo. Com este First Impressions of Earth, os Strokes estão a salvos das regras do showbizz e, a partir de algum tempo, muitos grupos que aquele seu colega antenado tanto bajula e que só conseguiu emplacar umas duas musicas, serão tragados pelo vortex do teste de qualidade.

Todo esse papo não é nem uma novidade, mas depois de quase 20 anos alguém ainda se lembra do White Lion? Ou, não indo tão longe, você encontra alguém batendo no peito ao dizer que Spin Doctors, For Non Blondies ou Bush são do caralho? Se as grandes gravadoras conseguiram aprender com seus erros do passado e conseguirem fabricar mais artistas que passam do segundo disco, garantindo, assim, sempre uma vaca gorda para o abate, fatalmente, poderá ser uma questão de tempo. Porém, dentro desse caleidoscópio de artistas duvidosos, mas admirados pela "fina flor" da cultura blog, os Strokes perigam ser durante muito tempo um dos poucos grupos dentro desse novo rock ou novo novo rock que você não terá vergonha de ter escutado, daqui a 10 anos.

 
Escrito por Tiago Trindade
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domingo, outubro 02, 2005,10:43 PM
Seja um Losermano!




Um Losermano é culto, é cult, é hype! Pega todas as patricinhas que resolveram se aventurar no jornalismo. Pode falar que gosta de bolero sem ter que confessar, pode ser traído pelo seu maior amor e ninguém vai lhe encarnar. Seja um Losermano!

5 passos para você ser um Losermano e mudar completamente sua vida:

1 – Antes de qualquer coisa, siga
os passos para ser indie, depois fale que esse negocio de rock está com seus dias contados. Que é coisa de moleque de condomínio que cresceu tomando toddy e comece a escutar algumas pérolas de algum marginal da MPB. Chico Buarque é a melhor opção, é consenso entre os desinformados e aqueles que se acham informados o tratam como Jesus Cristo e achariam ótimo ter sua mulher comida por ele.

2 – Pare de comprar essas camisas da moda com frases de duplo sentido como Don´t Spank The Monkey, Kill the Rockstars ou qualquer coisa que seja fashion e rebelde. Compre roupas baratas, aquele seu tio católico doente pode ser um ótimo referencial. Ou, se preferir, se vista da mesma forma como alguém que trabalha num banco.

3 – Pare, imediatamente, de ir a praia e de comprar barbeadores, mesmo que sejam descartáveis ou com lâminas descartáveis, tanto faz. São coisas do capitalismo. Pois se você barbear uma vez o pêlo vai ficando cada vez mais grosso, de uma forma que você sempre terá que se barbear e comprar gilletes descartáveis. Então deixe o seu limo crescer. E se vierem pegar no seu pé, um consolo: "Se barba é sinônimo de respeito porque bode tem?" Isso é papo furado, ninguém mexe com o bode e ele, assim como você, sabe o que é ter algo em cima de sua cabeça. Então o bode é sinônimo de respeito para um Losermano.

4 – Se nem seus amigos te suportam mais, desconverse o papo de que você só gosta do Chico. Fale que Roberto Carlos nos 60´s era genial, que Ronnie Von fez discos psicodélicos legais e confesse que ainda gosta dos primeiros discos do Weezer. Fale que essas bandas novas de rock não têm pegada e por isso você se desiludiu com o estilo.

5 – “Tudo que eu quero é só viver, num quarto escuro sem janela e cor. Eu poderia prosseguir sem reclamar!”. Nesse nível você já se tornou resistente em escutar a bíblia narrada por Cid Moreira num quarto escuro. Nem aquela menina de 13 anos do teu prédio te olha mais, mas você ainda tem seus amigos. Chame aquele seu amigo fã de Iron Maiden para tocar bateria, aquele seu amigo alcoólatra pra ser seu parceiro de composição e, pra completar, chame aquele seu conhecido que toca teclado na igreja. Ele toca bem, não saca nada de som e será muito fácil de ser manipulado. Monte um grupo de música, sim, de música! Esse lance de rock é coisa de moleque e falar que você toca MPB já é querer se queimar demais. Pronto você é um Losermano!

 
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sexta-feira, setembro 23, 2005,10:30 AM
JuiceBox

O baixo entra de assalto, pesado e denso, como se tivesse procurando por diversão e percorrendo ruas abandonadas cheias de mendigos bêbados. Melodia desleixada, com um arzinho blasé, meio Jim Morrison, conduz o seu ouvido até o orgasmo de guitarras e no grito de atenção: "You´re So cold, You´re So Cold."

Legal, né?
Então se junte a festa.

 
Escrito por Tiago Trindade
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quinta-feira, setembro 22, 2005,4:48 AM
...



- Peidaste na farofa?! Flaming Lips, Sonic Youth, Iggy Pop e NIN no Claro! Quem precisa do Weezer? Quem precisa do Weezer?




- Weerez? Wereez? Rapá, eu moro em Belém do Pará e tenho 15 anos... tem algo pior?

 
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,4:24 AM
Rock Madmax

Dentre as mais variadas subdivisões bizarras encontradas no rock, muitas desnecessárias, pois nem sequer corresponde a um coletivo sólido de artistas, o rock madmax é uma das mais interessantes.
Depois de ficar pensando, sentado numa privada, percebi que muitos artistas e bandas completamente diferentes entram em comunhão pelos mesmos princípios, apesar de executarem um estilo musical completamente diferente. E a ficha caiu da vez quando tentei fazer uma coletânea perfeita para ser escutada numa viagem de carro. Bingo! Era Muita coinscidência para ser verdade: diversão, carros envenenados, sexo sujo, rodovias desérticas e, claro, aditivos psíquicos .
E o que poderia ser isso? Rock Madmax! Daí, um cara muito chato pode bater na mesa e falar: "mas não existe o Stoner Rock?". Porém, a grande diferença é que esse meu delírio não engloba artistas para um movimento ou revolução sonora, mas apenas o ideal proposto pelos filmes do porte de Easy Rider e, claro, a cinesérie Madmax. E eu prefiro escutar o Black Sabbath original a esses clones anabolisados do estilo do Corrosion of Conformity (Queens Of The Stone Age está acima da pirâmide evolutiva dessas bobagens que são vendidas como Stoner).
Para esclarecer todas as duvidas dos meus parcos leitores, resolvi criar uma listinha de clássicos para se escutar numa rodovia sem destino dirigindo um marverick:

Deep Purple: Machine Head

Stooges: Raw Power

Motorhead: Overkill

Primal Scream: Evil Heat

Queens of The Stone Age: Songs for the Deaf

Turbonegro: Apocalipse Dudes

Black Crowes: (Aquele ao Vivo deles, Pelo fato de quase acontecer um acidente de carro com ele de fundo)

Black Rebel Motorcycle Club: Take them on, On Your Own

 
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segunda-feira, agosto 22, 2005,11:59 PM
Notícias de um futuro esquecido

Pioneiro da música eletrônica morre nos EUA aos 71

"Bob Moog, inventor dos sintetizadores que carregam seu nome e uma das figuras mais significativas da evolução da música eletrônica, morreu em sua casa, neste domingo, em Asheville, Estados Unidos, aos 71 anos. Ele recebeu diagnóstico de câncer no cérebro em abril e tinha se submetido a tratamentos de radiação e quimioterapia."



Sem ele, Deep Purple, Pink Floyd, Radiohead, David Bowie, Pulp e toda a cena de música eletrônica nem pensariam em existir. E apesar de eu não sacar nada de tons e essas coisinhas musicais, posso dizer que o moog é um dos instrumentos mais "cool" que um ser humano poderia ter inventado.

 
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quinta-feira, agosto 04, 2005,2:33 PM
Hey Foxymophandlemama, That's Me

Não é novidade que semana passada, no site do Pearl Jam, tenha tocado uma música muito conhecida dentre nós, dando uma sugestiva pista de onde seria o próximo pouso da turnê desse novo dinossauro do rock. A noticia por si só já seria de agrado para milhões de ovelhas desgarradas das profundezas dos anos 90, mas tem um detalhe a mais.
Outro dinossauro, de uma época mais distante, também anunciou shows de sua mais nova turnê a serem realizados no Brasil, com ênfase no Rio. Os Stones, claro. Mas dentre as bandas de abertura que os velhinhos numeraram para abrir seus shows ao redor do mundo, estava também essa distinta banda que fez muito barulho nos anos 90.

Coincidência? Talvez. Mas não seria tanta coincidência se a música que está tocando no site não fosse Garota de Ipanema. Tudo bem que os gringos só conhecem essa, mas antes Tom Jobim do que Caê. Porém, não deixa de alimentar uma grande possibilidade do Pearl Jam ser a banda de abertura para os shows dos Stones em solo brasileiro.

Eddie Veder e Cia nunca vieram ao Brasil, e estão devendo esta visita a pelo menos uns 11 anos. Vale lembrar que na turnê do Voodo Lounge a banda de abertura foi o abissal Spin Doctors, que foram recebidos com chuvas de garrafinhas cheias de alguns fluídos humanos. Como um raio não pode cair duas vezes no mesmo lugar, o Pearl Jam seria a escolha mais segura já que agrada, desde o playboyzinho fã de “Alive” até o metaleiro de camisa do Slayer, e também evitaria o vexame de anos atrás contratando Black Eye Peas ou Justin Timberlake.

Se toda esse delírio se tornar real, será mais um motivo para você ter histórias para contar a seus filhos. “Sim, eu estive lá! E o fulano não parava de chorar enquanto eles tocavam nothingman!” ou “Eu estive lá e pude perceber que tinha um rapaz bem na minha frente tendo ataque epilético, enquanto Mick Jagger chamou Eddie Vedder para cantar 'Get Off Of My Cloud'. E fazer com que pelo menos, uma vez, sua vida tenha algum sentido.

 
Escrito por Tiago Trindade
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quinta-feira, julho 28, 2005,4:17 AM
Certas Coisas Não Mudam...

Enquanto muitos reclamam ou se assustam com o ritmo em que essa molecada troca de ídolos, como se fosse uma jaqueta ou um absorvente. E que daqui a 5 anos poderão fazer um popstar em laboratório com os genes de Elvis, Michael Jackson e Janis Joplin. Para a salvação ou desespero maior dos mais puritanos, certas coisas continuam as mesmas, exatamente como a quase 10 anos atrás:



Courtney Love ataca Dave Grohl:
"Courtney Love é presença garantida nos principais tablóides do mundo. A cantora está sempre envolvida em confusões, seja por drogas ou pelo seu comportamento duvidoso. Dessa vez, Love causou polêmica ao chamar o ex-Nirvana Dave Grohl de idiota. Não é a primeira vez que a viúva de Kurt Cobain disfere ofensas contra o líder do Foo Fighters. Pelo que tudo indica, a cantora tem raiva de Grohl que conseguiu lucrar com os royalties do Nirvana e sobreviver ao fim do grupo com a reputação de bom moço do rock, 'quando ele é um dos maiores idiotas'. Recentemente Courtney Love teve que ser internada às pressas após sentir fortes tonturas e falta de ar enquanto participava de um evento."

Rolling Stones divulga título de novo álbum de estúdio:
"Vai se chamar "A Bigger Bang" o novo álbum dos ROLLING STONES, previsto para sair mundialmente em 6 de setembro. O CD será precedido pelo single da música "Streets Of Love", que já estará nas lojas da Inglaterra em 22 de agosto. A turnê deste, que é o primeiro trabalho inédito de estúdio em oito anos, vai se iniciar em 21 de agosto em Boston, nos EUA, e prosseguirá por pelo menos seis meses em vários países, incluindo o Brasil, que receberá a banda no início do próximo ano. Conforme o grupo, o título do disco faz alusão ao fascínio que seus integrantes sentem pela teoria científica criada sobre a criação do universo em uma grande explosão. O guitarrista Keith Richards cuida dos vocais em duas das faixas do disco: "Infamy" e "This Place Is Empty"."

Para Liam Gallagher, do Oasis, Manowar 'é apenas merda':
"Como todos sabem, o OASIS sempre consegue mais atenção na mídia com as polêmicas e muitas vezes desnecessárias opiniões do vocalista Liam Gallagher, do que com sua música propriamente dita. Desta vez, a vítima da metralhadora oral do cantor foi o grupo MANOWAR. Para Gallagher, o Oasis é a banda mais alta na porra deste mundo quando em cima de um palco. Para quem não sabe, o título de banda mais alta do mundo foi conferido ao Manowar e reconhecido pelo Guinness Book. Eles são apenas merda, enfatizou o vocalista à publicação on-line canadense ChartAttack.com. 'Quem são eles, afinal de contas?' questionou o baixista Andy Bell, que era entrevistado pelo site ao lado do vocalista. 'São heavy metal?', indagou. 'Fodam-se eles todos', disparou o vocalista. (Pergutaram ao Liam o que ele achava do Bloc Party e ele respondeu: 'Um Blur piorado!')"

Chinese Democracy sai em Novembro:
"Será que agora sai? Deve ser o disco que levou mais tempo para ser finalizado em toda a história do rock, mas 'Chinese Democracy', do Guns N'Roses, deve finalmente sair no final de novembro, nos Estados Unidos, através da Geffen Records. Axl Rose já mudou toda a banda pelo menos 15 vezes ao longo desses 10 anos em que está fazendo o álbum. Nesse tempo todo, a única música nova lançada foi "Oh My God", de 1999, que está na trilha sonora do filme "End Of Days". O último álbum de estúdio lançado pelo grupo foi "The Spaghetti Incident", disco de covers de 1993."

Michael Jackson vai lançar disco de sucessos:
"O cantor deve espantar os fantasmas das acusações de pedofilia, das quais foi absolvido após julgamento, lançando um novo disco com os maiores sucessos de sua carreira. O álbum deverá se chamar "The Essential Michael Jackson". O lançamento está programado para o próximo dia 18. O disco terá canções desde quando Michael Jackson era integrante do Jackson 5 até o disco solo de 2001 'You Rock My World'."

Marcelo D2, mais uma vez, se envolve com a polícia:
"Marcelo D2 acrescenta mais um capítulo ao seu histórico de desavenças com a polícia. Ele ficou uma hora e meia parado em blitz da PM na Linha Vermelha, no Rio de Janeiro e, depois de liberado, fez duras críticas aos policiais, que, para o cantor, queriam extorqui-lo. 'Na real, eles queriam uma grana', afirmou D2. Ele estranhou a demora para ser liberado e disse que chegou a temer o que poderia acontecer a ele e aos demais ocupantes do carro. 'Confio mais em bandido do que na polícia', afirmou o cantor depois de ser liberado."

 
Escrito por Tiago Trindade
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terça-feira, julho 26, 2005,7:26 AM
Os Mormons estão chegando!!



Aquele meu primeirinho texto parecia profético. Arrisco a dizer que tem tudo pra ser um dos melhores shows do festival, com todo o respeito ao Morrisey e ao Wilco, mas diferente dos Strokes que estão longe de fazer um show ruim, o Arcade Fire ganha uma aura diferente ao vivo.
Sempre fui fã de bootlegs. Existem bandas que, ao vivo, se tornam um monstro, e gosto de admirar o quanto um artista consegue mostrar do que é feito, e que saiba doar todo seu sangue numa apresentação ao vivo. Bandas como Mogwai, Ramones, Smashing Pumpkins e Primal Scream são algumas que sofrem uma bruta metamorfose quando sobem ao palco e fazem ou fizeram shows únicos. Considerando as proporções claras, posso botar os canadenses do Arcade Fire nesse mesmo grupo. Parece que, antes de entrarem no palco, eles tomam vodka com anfetaminas.
As músicas ganham uma considerável acelerada, os grooves ficam mais fortes, o vocalista fica rouco de tanto gritar assim como as duas meninas que dançam freneticamente fazendo um rodízio de instrumentos, como o resto da banda que usam até capacetes de motocicleta como instrumentos percusivos. É tão bom que quase não escuto seus registros de estúdio e, com certeza, muitos que acharam o som algo estupidamente massante ficarão no minimo surpreendidos com o punch de suas apresentações.

 
Escrito por Tiago Trindade
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domingo, julho 17, 2005,10:02 PM
Atrasado, mas marcando presença...
 
Escrito por Tiago Trindade
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sábado, julho 02, 2005,12:59 AM
Essas pessoas não sabem com o que estão lidando...

"Ficam remexendo neste lixo dos anos 80 e olha o que deu: Menudos preparam La Reunion, a grande turnê pelo Brasil. Em nova formação e com a participação especial de muitos outros menudos que fizeram parte dos 25 anos da banda. Está vendo?"



"E tocou o sexto anjo a trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates. E foram soltos os quatro anjos que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens." Apocalipse 9:13, 9:14, 9:15

 
Escrito por Tiago Trindade
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quarta-feira, junho 29, 2005,12:48 AM
Rock Against Ass

Meio de saco cheio de todas essas melhores bandas de todos os tempos da última semana, vindas de Nyc e Londres, meio que encontrei um porto seguro no Turbonegro. Já conhecia a banda, tempos atrás, quando voltaram com o disco "Scandinavian Leather" (2003). Depois de uma turnê repleta de excessos e de terem acabado numa clinica psiquiátrica em Milão na Itália.
Mas foi com "Apocalypse Dudes" que a ficha caiu, uma das pérolas escondidas do rock anos 90, um ótimo antídoto para todos esses excessos de atitude que vemos hoje em dia, onde até a Avril Lavigne aparece quebrando guitarras.
Mas se você pegou o bonde andando, não tem problema. Os caras são um dos pioneiros do rock norueguês para exportação cujo álbum de estréia se chama "Hot Cars and Spent Contraceptives" (1992) e tiveram sua celebração no clássico "Ass Cobra" (1997) cuja capa faz uma singela homenagem ao clássico Pet Sounds do Beach Boys.
Influenciaram Hellacopters, Hives e Soundtrack of Our Lives e boa parte dessas bandas que participaram desse boom. Fazem uma espécie de hardrock setentão, mas com uma pegada punk/hardcore de tremer o chão. Com temas que, a princípio, podem ter uma interpretação estupidamente machista ("(I fucked) Betty Page") e até mesmo homossexuais, como é o caso de "Sailorman" e "Rock Against Ass". A sátira é tão presente que até os próprios não escapam dela, "Turbonegro Must Be Destroyed" é o verdadeiro carro chefe do album que marcou o retorno da banda.

O grupo é liderado pelo vocalista Hank Von Helvete, uma versão tosca do Alice Cooper e o guitarrista Happy Tom, que tem nome de gogoboy, se veste de marinheiro e usa maquiagem rosa! Bizarrices a parte, o grupo já teve um baterista chamado Carlos Churrasco e até participou de um especial no programa Viva La Bam!, como banda convidada.
Também tiveram um tributo chamado Alpha Motherfuckers, com nomes de peso como Queens of The Stone Age, Therapy?, Super Suckers, Him e até Ratos de Porão interpretando os maiores clássicos do grupo como "Back to Dungaree High" e "Suburban Antichrist". E para mostrar que ainda tem munição de sobra, soltaram, nesse ano, um disco chamado "Party Animals" onde a banda explora seu lado mais hardrock, chegando a lembrar o Queen no inicio de carreira, mas no modo deles claro: sujos, farristas e pesados.
Então, se você já esta meio de saco cheio dessas bandas que teimam em falar sobre relacionamentos adultos, mas de uma forma completamente Kid Abelha, pode confiar no Turbonegro sem pensar duas vezes.


Turbonegro: O Casseta & Planeta Norueguês.

 
Escrito por Tiago Trindade
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segunda-feira, junho 27, 2005,9:28 AM
Enquanto Isso no Resto do Brasil...

Campari Rock - A Bebida é uma merda, parece um cocktail de groselha azeda, mas tem como headliner o Mc5 uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, junto com o carinha do Mudhoney.

Curitiba Pop Festival - Que agora se chama "Curitiba Rock Festival" está mais pra lá do que pra cá, falaram que iriam trazer o Weezer, uma das bandas que já deveriam ter tomado vergonha na cara e terem acabado. Mas a última é que iriam trazer Sonic Youth e Flaming Lips, são boatos de não muita confiança, mas é melhor do que nada.

Claro Que É Rock
- Depois de terem trazido o Placebo, o Raul Seixas das pistas hypes do Brasil. Estão prometendo Garbage e Foo Fighters. Não faz jus aos boatos megalomaníacos do festival, mas pelo menos Foo Fighters é uma puta banda legal, diversão garantida.

Tim Festival
- Sim, isso é festival de verdade! Além de Morrisey, Nancy Sinatra, Franz Ferdinand, Interpol, Wilco e outros nomes de peso. Confirmaram nesse final de semana que os Strokes, outra banda com uma demanda monstro de shows no Brasil vai fazer uma turnê brasileira que ira passar por Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Muito bossa!

...Continuamos a ficar com merda presa na garganta aqui em Belém.

A minha cidade é uma das que tem alguns dos piores produtores do Brasil. Bandas como o Blind Gardian tiveram seus equipamentos roubados, enquanto outras como o Nebula levaram o calote, não fizeram show e ainda ficaram de molho no aeroporto. Isso sem contar com o recente fenômeno Ludov, que teve o seu show marcado para esse final de semana, mas um dos produtores teve um surto depressivo e sumiu do mapa. Não gosto do Ludov, mas esse episódio é uma verdadeira vergonha, logo agora que, alguns poucos produtores, estão se esforçando em trazer outras coisas bacanas.
Também não suporto o Suzana Flag, a banda de abertura. Não faz meu estilo, mas seria uma boa oportunidade para eles mostrarem seu trabalho, justo no momento em que estão conseguindo uma certa projeção nacional, coisa que há muito tempo não acontece por estas bandas. É uma pena, pois ainda temos que aturar festivais safados como o Fest Rock que, de rock, não tem quase nada.
Muitas figurinhas repetidas, público desinformado e produtores que tem dinheiro, mas são tão burros como uma porta, ainda impossibilita muitas coisas. Mas a resistência ainda persiste, alguns poucos bons produtores ainda confiam no potencial de um seleto público bem informado, que apesar de alguns serem modistas que saiam fantasiados para raves e reggaes da vida há um ano atrás, ainda conseguem fazer uma boa diferença. Por mais que seja tão difícil quanto chegar no Pico da Neblina, todo esse esforço, acredito eu, um dia trará resultados ainda mais relevantes. E ensinará a pauladas que Belém pode, sim, ser uma cidade com uma vida cultural mais ativa.

 
Escrito por Tiago Trindade
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segunda-feira, junho 20, 2005,1:39 AM
Até que enfim estão acertando no ponto...

O novo Batman não pode ter o mesmo romantismo dos dois primeiros, mas é a primeira vez que estão levando esta franquia friamente a sério. Sem alegorias desnecessárias, sem humor forçado e sem Bruce Wayne calvo e baixinho.
Quem é fã do morcegão nos quadrinhos, vai entrar em transe com esta visão mais urbana, mais humana é bem mais sombria do diretor de Amnésia. Apesar de ter sentido a falta de um vilão mais fodão, muitas coisas da mitologia do herói ficaram perfeitamente encaixadas, outras delas são até exclusivas no filme e que podem até influenciar as futuras Hq´s. E tiveram a sabedoria de não terem posto logo de cara um super vilão com uma pistola de 2 metros de cano, atirando contra a batnave. Logo ele já esta confirmado pro segundo num gancho que dispensa comentários no final do filme. Como as apostas para interpretá-lo estão apenas começando, eu jogo minha carta na mesa:

Ele já vez um travesti + um super vilão + esta estreando numa adaptação de Hq! =


















The Killing Joke!!!


P.S.: Não, não vi Casa de Areia. Aquele logo do Petrobras tira todo meu tesão.

 
Escrito por Tiago Trindade
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sábado, maio 28, 2005,7:05 PM
Cansado de sofrer? Vire Indie Você Também!



É muito mais fácil do que você imagina:

1 Se você não aprendeu a tocar violão direito, não consegue tirar nenhuma música do Judas Priest, monte uma banda de rock alternativo!

2 Para ser vocalista, chame sua irmã mais nova, ou aquela prima de seu amigo, que não é muito bonita, ainda se veste com roupas da Bazooka ou Pakalolo e todos a acham fofa, mas sacárstica. Ela não precisa saber cantar, se souber imitar um dos Animaniacs alternando gritinhos histéricos está pro gasto.

3 Compre todos os cds da Björk, do Belle & Sebastian e de bandas com nomes engraçados como The Muffs e de nomes estranhos como Gork Zigotic Minci (é assim que se escreve?). Para depois mostrar o quanto você domina na parada, discotecando nas festinhas de sua cidade.

4 Usar camisetas velhas e "traçadas" com frases escritas com bic do tipo: "bad hair day" ou "I Hate Ramones" são sempre bem vindas. É bem cômodo te encontrarem na rua em pleno sol da tarde vestindo aquele moletom da Adidas que você comprou no brechó.

5 Roube os óculos de sua avó, as calças e os suspensórios do seu avô. Eles não sentirão falta e você fará o maior sucesso.

6 Comece a citar milhões de bandas que, por mais que você não conheça, ninguém também conhece e então ninguém vai querer dar o braço a torcer.

7 Nunca encare as pessoas nos olhos, ande e fale como se estivesse numa grande depressão. Caso você não consiga, antes de sair, se tranque num quarto escuro e tente escutar O Novo Testamento Narrado Pelo Cid Moreira. É Batata!

8 Faça um curso de jornalismo. Jornalistas musicais são músicos frustrados e todos esses predicados caem perfeitamente como uma luva a esse ofício.

9
Monte um blog, faça referências toscas das mais previsíveis, chupe todo o bagaço da laranja para depois falar que não agüenta mais os anos 80. Se não der certo, faça outro blog mais sério, tente ser o mais maçante possível e fale mal de qualquer banda nova que tenha dois integrantes e que não use guitarras ou baixo. Puxe o saco de todos os compositores e jornalistas que você conhece, e mesmo assim, as pessoas vão continuar comentando.

10 Reuna seus amigos e mostre seus dotes ao violão, faça versões folk depressivas de jingles publicitários, temas de seriados e clássicos de pipocas dançantes. Todos estarão aos seus pés!

Pronto! Com a banda já estabilizada, grave um cd demo e mande pro
Lúcio Ribeiro ou pro Luciano Viana, eles adoram bandas de estados isolados do Brasil e que pareçam ser uma mistura torta de Pato Fu, Weezer e os penteados dos Strokes.

 
Escrito por Tiago Trindade
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quarta-feira, maio 25, 2005,12:55 AM
Cadê o Chewbacca?

Estava lá eu, na fila do cinema, esperando para ver o famigerado Episódio 3, a novela mexicana mais cara de toda a historia da humanidade. Quando percebo um casal com seu filhinho. O genitor era uma espécie de sobrevivente do curso de engenharia química, visto pela sua pasta de um congresso de 1985. Já a mãe e o garotinho pareciam ser bem normais, até o pai ir comprar pipoca e voltar, oferecendo ao filho:

- Meu jovem "Obi Wan", está aqui sua pipoca com pouca manteiga e muito sal, como você gosta filho!

Até ai tudo bem, nada demais, eu estava numa fila de cinema pra ver Star Wars e era algo de se esperar, certas brincadeiras, até que a mulher se dirige ao marido e solta:

- Me lembrei, temos que levar o "Obi" ao dentista amanhã...

Tiago Trindade fica confuso, parece que tem alguma coisa no ar que o esta fazendo ter alucinações ou o quê?

- Sim, querida, vamos levar o Obi Wan Jr ao dentista amanhã, sem falta!

É verdade mesmo! O cara batizou o filho de Obi Wan! Tinha me esquecido o quanto os fãs de SW são doidos, mas não esperava por isso. Logo tudo se tornou claro como camisa esquecida numa bacia de água sanitária:

- Eu acredito que existe, sim, a força. É uma energia muito poderosa que controla o metalobismo dos seres vivos e blá blá blá blá blá...

O carinha estava entrando num nirvana ao conversar com outro senhor, que também tinha trazido seu filhinho, mas como não o tinha batizado de Chewbacca de Souza, retrucou:

- Sim, pode crer! Um cara desse deve ser muito inteligente pra fazer um filme assim, mas só gosto de filme dublado. Não consigo ler e ver o filme ao mesmo tempo!

...




E vocês acreditam que eu nunca vi alguém fantasiado de Chewbacca numa dessas sessões?

 
Escrito por Tiago Trindade
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terça-feira, maio 17, 2005,1:10 AM
...

Tenho saudades dos meus tempos de adolescente peidado. Naquela época, tudo parecia ser mais romântico, as pessoas se comportavam de uma maneira menos forçada.
Cada macaco ficava no seu devido galho. Quem era maluco era maluco, quem era loser era loser e quem era babaca era babaca. Não existiam esses mestiços, esses meio termos que estão invadindo o meu antigo terraço. Hoje tudo é tão obvio e gratuito, qualquer Zé ninguém que se torna calouro de comunicação, pode baixar milhões de mp3 num final de semana, ir ao All Movies e pesquisar tudo sobre filminhos Europeus, para depois usar uma camisa escrita "I hate Ramones" ou comprar uma camisa estampada com a palavra "Loser" numa dessas grifes da vida e agüentar isso tudo num post de blog, como este que você esta lendo nesse exato momento. Enfim, o lado ruim da liberdade que a internet ofereceu a milhões de pessoas.
Isso sem falar nos inúmeros artistas que fazem um álbum de estréia "espetacular" todos os meses, fazendo com que o Strokes ou Interpol fiquem parecendo um Nirvana ou um Pearl Jam de tão saudosistas. Acho que, finalmente, algum ditador psicopata precisa iniciar um novo cataclisma nuclear para tudo recomeçar do zero. E não adianta reclamar das festas Trash's 80, pois daqui a 25 anos serão os mesmos bailes da saudade que nossos pais frequentam hoje.
Tudo bem, não precisam me esculhambar, estou ficando velho, matuto e ranzinza. Me deu até saudade das minhas fitinhas k7 e do Gás Total.



"Sim e daí? Eu Também já fui um filhinho de papai!!"

 
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domingo, maio 08, 2005,6:18 PM
Mother, I'm Coming Home...



Uma singela homenagem às maiores mães do mundo!

 
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terça-feira, maio 03, 2005,3:37 AM
Get Behind Me Satan



Lindona não? Quer mais? Clique aqui.

 
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sexta-feira, abril 29, 2005,4:00 AM
6 HOT TUNES

White Stripes - Blue Orchid

Um hardrock 4x4 anuncia a volta do White Stripes, aqueles que agradam tanto a molecada quanto velhos hippies. Infelizmente, por questões financeiras, não estarei presente no show em Manaus, enlouqueçam por mim.

Nine Inch Nails - The Hands That Feed

Trent Reznor voltou com um single de frescor pop que há muito tempo estava devendo. Ideal para destruir pistas de danças, mal espero para ver como ficou a versão ao vivo.

Trail Of Dead - And The Rest Will Follow

Uma das pérolas de um dos melhores e menos badalados discos do ano. Deram uma amaciada na fúria descontrolada mas não poupam farpas nas letras, aliada ao um vídeo clip bem crítico.

Asian Dub Foundation - Tank

Com uma acentuada leve na base eletrônica, foge um pouco do clima sisudo e barra pesada de "The Enemy of The Enemy", mas longe de reproduzir o clima ensolarado de "Comunity Music". Apesar de fugir um pouco das próprias regras, vai agradar a qualquer fã dos bons sons feito pelos paquistaneses.

Queens of The Stone Age - In My Head

A lisérgica faixa de Lullabies to Paralyse será o novo single, Josh Homme já adiantou que o clip lembrara bastante filmes pornôs italianos com gráficos parecidos com os de "Feel in Love With a Girl" do White Stripes. A direção será de Associates In Science a.k.a Adam Levite, que dirigiu vários clips de artistas como Radiohead, Beck e Interpol.

Yo La Tengo - Dreaming (Blondie Cover)


Nunca fui muito com a cara de Yo La Tengo, mas a versão mais roqueira que fizeram para o clássico do Blondie é estupenda.

 
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segunda-feira, abril 25, 2005,3:58 AM
I'll give you a dentist...

*

Tiago: - Ela é liiiiiinda!

Thaty: - Mas Tiago, ela tem uns dentes estranhos...

Tiago: - Verdade, mas dentista não é tão caro assim, pago numa boa.


Devo ter sido a última pessoa a ver esse filme. Fotografia linda, coreografias de luta fodérrimas, sangue na medida certa, uma historia de amor e uma tal de ZHANG ZIYI*!

 
Escrito por Tiago Trindade
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sábado, abril 23, 2005,1:27 PM
E o Show do Placebo?



Tiago Trindade diz:
e ai, como foi o show do placebo?
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
rpz
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
foi muito foda
Tiago Trindade diz:
pode crer
Tiago Trindade diz:
conte-me detalhes
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
brian molko é insano
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
viadão ao extremo eheheh
Tiago Trindade diz:
hehehhe
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
no final da primeira música ele partiu pra cima de um cara na platéia. queria bater no cara pq ele tava filmando. foram mais de 5 seguranças pra tirar molko de lá... brigou feio hehehhe
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
eu achei que nao ia ter mais show ehhehe
Tiago Trindade diz:
hahahahahahahahha
Tiago Trindade diz:
foi muita cagada mesmo??? o cara deu porrada mesmo no molko e tal?
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
nao. molko que pulou na platéia e arrancou a camera do cara
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
ehhehe
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
e ainda queria bater no rapaz hehehhe
Tiago Trindade diz:
poutz...
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
depois o show rolou decente
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
os caras tocam muito, uma insanidade do caralho
Tiago Trindade diz:
aconteceu algo parecido em recife... uns fãs que estavam no mesmo hotel deles, esperaram a van dos caras sair do hotel pra ir numa dessas praias e foram atrás dos caras. Eles tavam todos travestidos de Brian Molko e com cameras e tal, quando a van do Placebo parou na praia... os carinhas abordaram Brian e Cia, que ficou muito irritado não deixou eles tirarem fotos e mandou os meninos se foderem.
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
ahhahahah
rod [there´s a starman waiting in the sky...] diz:
ele é estranho
Tiago Trindade diz:
completamente, nao pensava que ele fosse tão fresco assim...

P.S.:Tudo bem que já tenha saído na Folha, mas esta é uma opnião de testemunha ocular. :)

 
Escrito por Tiago Trindade
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,10:27 AM
O Novo Velho ícone do Metrossexualismo



"Meu bem, eu fó ufo creme para cabelof Lush!"

 
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terça-feira, abril 19, 2005,11:20 PM
Papa Negro?



"Vem puxar teu pé de noite, pode esperar. Eu também já sabia. Papa negro? Hahaha! Essas coisas só acontecem no 24H."
Wagner

"Sim, ele é o Papa Negro! O Papa do Lado Negro Da Força!"
Tiago

"Meu Deus, Bush presidente, Ratzinger como Papa, o Fim está mais próximo do que nunca!"
Caco Ishak

 
Escrito por Tiago Trindade
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,2:41 PM
Sit And Drink Pennyroyal Tea... But I Lost Control Again.

Será que depois de milhões de anos, finalmente vou chorar no cinema?



Sem contar que estão produzindo o filme biográfico de Ian Curtis, outro suicida com potêncial cinematográfico fodido que, se cumprir o que se está prometendo, será outro soco no estômago.



Enquanto não rola, quero peregrinar para
Manaus. Quem está comigo?

 
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sexta-feira, abril 08, 2005,6:02 AM
White Stripes em Manaus?

"'The White Stripes' have recorded the follow-up to the high impact "Elephant" and the duo is wasting no time in getting it into the stores. The yet untitled CD, which was recorded at Jack White's Third Man Studios in Detroit, will be released June 14. There are no guest performers and all the songs were written by White.Before that, they'll be doing some live shows in May, well off the normal rock 'n' roll path, including an opera house in the Amazon jungle --the Teatro Amazonas in Manaus, Brazil (which some will recognize from Werner Herzog's 1982 film "Fitzcarraldo"). The initial trek will stick to Mexico, Central America and South America."



Não gaste todo seu dinheirinho com o Placebo... White Stripes bem ao lado!

 
Escrito por Tiago Trindade
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quinta-feira, abril 07, 2005,4:26 AM
"...And The Stupid Things You Do, Because You Think That Poor is Cool!"



Mesmo depois de quase 10 anos, um dos hinos mor dos anos 90 continua mais atual do que nunca. Não me lembro de ter escutado nada que dissesse tanto a bunda molice da classe média, com seus fetiches e romantismos do que essa musica. É simples, curto e grosso. Sem metáforas para crises existênciais tão óbvias quanto queijo em pizza.

Obs: Procurem no Slsk a versão pesadinha para Common People de William Shatner, uma das releituras mais legais que escutei.

 
Escrito por Tiago Trindade
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quarta-feira, abril 06, 2005,2:10 AM
Violins, a vingança do rock independente.



Numa cabra cega, que é a audição de um álbum sem saber o artista proveniente, a primeira faixa desta bolachinha pode parecer apenas mais uma banda tentando soar como os escoceses do Mogwai. Mas logo esta mesma ganha força e se desenvolve numa explosão de elementos sinfônicos, com um vocalista cantando versos bem encaixados em português. Com a surpresa de ser um artista nacional, acaba-se descobrindo que tal grupo é proveniente do meio independente e, mais precisamente, de uma cidade como Goiânia, antes famosa pelas suas duplas sertanejas e agro-boys, mas que hoje ostenta uma cena alternativa muito forte.

O nome da banda é Violins, cujo primeiro álbum Aurora Prisma, vem sendo umas das novas promessas e resultado de uma sólida cena local com o suporte do selo Monstro Discos. Que, com suas bandas e festivais, contrasta, friamente, com a conhecida tradição da cidade de rodeios e fazendeiros. De início, eles recebiam a alcunha de Violins and Old Books, cantavam em inglês e se inspiravam no Radiohead antigo, mas com algumas intervenções de post-rock, assim como outras bandas no Brasil. Mas com grupos como Los Hermanos, Cachorro Grande e Pato Fu fazendo muito sucesso e compondo canções de qualidade superior ao nosso pop rock radiofônico de cada dia, se tornaram uma referência para muitos, fazendo com que Violins acabassem perdendo o medo da "exposição" de cantar letras em português, gerando uma valorização da nossa língua no rock. Tal fato se tornou um dos principais trunfos do grupo goiano, que agora cantam em português um rock vigoroso porém, melódico com arranjos orquestrados e bem elaborados, da mesma escola de nomes como Mogwai e Muse.

Logo de primeira, você acaba estranhando o som dos garotos, pois, em alguns momentos, acabam soando como uma espécie de Guilherme Arantes simulando Radiohead, mas as melodias e as guitarras grudam na cabeça como fita adesiva, assim uma segunda audição mais cuidadosa se torna inevitável, porém prazerosa. Como é o caso de "23 Carnavais" onde se encontram todas as qualidades do grupo, abordando temas como crises existenciais juvenis emolduradas por um colchão de guitarras altas e pianos.

Mas é em "Auto Paparasi" que eles mostram quem realmente são, sendo o melhor cartão de visita do grupo. Esta é uma canção que, logo no início, percebe-se influência de grupos post-rock, porém com melodias assobiáveis, com aqueles típicos paredões de guitarras. Outro grande destaque fica para, "Qual a Criança" onde o grupo mostra sua faceta puramente pop, cujo potencial radiofônico fez com que, ano passado, Kid Vinil a incorporasse na programação da radio Brasil 2000, para depois ganhar diversos
prêmios em publicações especializadas como um dos melhores discos independentes de 2004. Aproveitando toda esta energia canalizada em forma bruta, o grupo promete, para junho deste ano, o aguardado segundo disco, Grandes Infiéis.

Violins mostrou que, com dedicação e criatividade, é possível construir um disco que se nivela facilmente à qualidade de majors. E que, assim como eles, a cena independente esta recheada de novos talentos prontos para pipocar, mostrando que o Brasil pode fazer rock contemporâneo sem cair no ridículo, como muitas bandas de sucesso no pais. É um processo que ainda esta em desenvolvimento, mas que já está gerando ótimos frutos de Belém ao Rio Grande do Sul. Assim cresce a esperança de termos uma cena independente tão bem estabilizada quanto nos EUA e Europa.

 
Escrito por Tiago Trindade
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